sexta-feira, 18 de maio de 2012

12 meses/ 54 semanas/ 366 dias/ 9784 horas


Para começar, gostaria de dizer que estou escrevendo esse texto em homenagem ao meu querido pai. Hoje está fazendo 1 ano que ele morreu. Comecei a escrever esse texto em Abril, porque quero e espero que ele tenha ficado muito bom,
            Há um ano atrás aquela quarta-feira angustiante, eu não sabia direito o que estava acontecendo, tudo tão rápido. Eu não podia falar com meu pai, mas parecia que ele estava presente. Como queria fazer alguma coisa por ele...
            Eu não sei bem como escrever bem esse texto mas como disse anteriormente, quero fazer uma homenagem ao meu querido e grande pai. As pessoas que puderam conhecer bem ele, sabem a pessoa extraordinária que ele era.
            Durante 1 ano eu percebi, quanto tempo eu perdi, podia ter visto mais meu pai. Podia ter elogiado, dizer o quanto eu amava ele. Me arrependo muito, muito mesmo, mas sei também que pude aproveitar durante dez anos.
            Como eu ia dizendo anteriormente, no dia 18 de Maio, até alguns dias antes, achava que quando diziam que sentiam dor no coração de tristeza era mentira, mas infelizmente tive de sentir isso. Eu não acreditava em nada que estava acontecendo, de outra forma sabia, porém não queria crer.
            A partir das vinte e duas horas e alguns minutos (ou muitos minutos, não me recordo bem) do dia dezoito, um pesadelo virava realidade. Um pesadelo, o mesmo pesadelo que eu havia tido várias noites. Meu pai, meu melhor amigo, havia falecido. As pessoas diziam para não pensar necessariamente na morte dele, como ele estaria no dia seguinte. Como eu agiria com o resto dos anos. Desde lá, penso em escrever algo em homenagem a ele.
            Conforme os dias lentamente iam passando, ia tendo sonhos, pesadelos... Acordava achando que ele estaria ali, bem na minha frente. E todos os dias eu penso nele.
            O tempo vai passar, mas não vou e nem quero parar de pensar nele, além de que ele é uma pessoa difícil de esquecer. Não me conformo que a vida continuará passando sem ele, é claro que valorizo muito os meus familiares, mas desde pequena pensava que o teria por perto nas situações futuras. Me via muito parecida psicologicamente e até mesmo um pouco fisicamente com ele.
            “O tempo vai passar...”. Era isso o que eu mais ouvia. Mas acho que não era bem isso o que eles queriam ter dito. Até mesmo porque se fosse, eles não teriam razão, pois o tempo não vai mudar isso. Não vai mudar a saudade e a tristeza que eu sinto. Não estou dizendo que não vou ser feliz (talvez totalmente não), mas que o tempo não vai fazer com que eu sinta menos saudades.
            Sempre penso em “imagens”, “mini-filmes”, quando penso nos dias que passei com meu pai. Mas sempre vem na memória uma imagem, eu junto com meu pai, na última manhã que passei com ele. Meu pai com um olhar meio triste. Me recordo muito bem daquele dia. Ele havia me convidado para assistir televisão. Eu havia respondido que só iria ver uma coisa no computador e depois iria para lá. Ficou aquele olhar de “tem certeza?”, aquele olhar triste.
            Lembro-me também dos dias bons, muito agradáveis, confortáveis, divertido... Ah! Como eu quero que esses dias voltem...
            Acho que estou chegando ao fim do meu texto, então resumindo: meu pai era uma pessoa extraordinária, maravilhosa, um ótimo pai, acho que ele merecia esta homenagem, na verdade acho que ele merecia mais... Hoje foi um dia muito difícil para mim, e garanto que foi também para todas as pessoas que amavam ele.
            Enfim, não sei se achei as melhores palavras, mas acho que consegui fazer uma pequena homenagem a tua pessoa, querido pai.