sábado, 15 de março de 2014

O vento

A maré virou
A chuva voltou
A angústia tornou-se um paradoxo

Não se sabe,
Ninguém sabe
Se o vento
Vai virar 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Olá


   Me encontro aqui. Muitas vezes pensei em desistir, mas nada fiz. Tenho planos, muitos planos e preciso tentar. Outrora eu me arrependa, tudo é tão difícil. 
  Me encontro aqui, e no momento tudo o que eu tenho a dizer é isso. Me encontro aqui, ou talvez lá. Não sei mais, é inútil.         
   A vida é uma imensa  fragilidade. Tudo tem um certo  tempo e nem sempre pode-se cumprir o prazo. Sempre perco os prazos, mas de certa forma, o cumpro.
    Tudo tem seu caminho, tudo tem seu desfecho, seu preço, sua regra, seu tempo. Tudo tem tudo, tudo tem o quê? Tudo o quê?
   Eu me encontro aqui. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Insistência

Abro a torneira
Sai apenas pingos
Insisto em querer água
Mas a torneira
Quer só respingos

Eu quero gritar
Mas sei que meu grito
Será para o vácuo

Eu quero marcas
Eu quero deixar marcas
Eu não gosto de marcas

Eu estou à beira da loucura.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Tenho Saudade

Saudade
De sentar do teu lado
Debater um assunto

Te admirar
E idolatrar

Tu iria contar
Teus planos para
O futuro

Tu como sempre
Acreditava
Que ia dar certo
E tudo ficaria melhor

Eu ia rir
E não acreditaria
Tanto Assim

Mas tu
Com teu jeito
Me ensinou a sonhar.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Tocou a campainha

Eu estava esperando
O tempo passar
Para algo bom acontecer
Mas a campainha tocou

As portas daquela casa
Eram abertas
Nunca fechavam
Não importava
Simplesmente, abria
E saia para o jardim

Sentada
Olhando o que já havia feito
Pôs-se a chorar
Quando viu que
Sua bela rosa
Havia fenecido

Alguém tocara a campainha
E a mulher
Observou pela janela
E tudo parou

Eu estava esperando
Alguma coisa acontecer
E me fazer escrever
Mas a campainha tocou

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Alguma coisa

Era uma coisa estranha
Tinha cheiro de nebulização
Ou soro, ou hospital
Talvez flores

Ele era legal
Mas foi embora,
Talvez ele volte amanhã
Ou depois,
Agora ele está na parede, ocupado

Ele pensa
Mas ao mesmo está no vento
Ele está caminhando, mas está parado
Amanhã ele chega, ou não

A menina está regando o jardim
Esperando
Ela espera por algo qualquer
Ou uma visita

O café está pronto
O bolo está quente
Está nublado

Talvez amanhã chova
Ou durante à noite
O vento está quente

Meu terapeuta foi embora
Me deixou na sala de espera
Talvez amanha ele volte
Ou depois.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Caixote

    Mexendo em caixotes antigos, com coisas de mais de 15 anos atrás, encontramos documentos tais como cartas para meu pai e cartas que ele próprio escreveu. Porém, havia uma que fazia parte de uma entrevista de emprego na qual meu pai devia fazer uma autobiografia falando sobre sua infância até a data em que o documento foi escrito, provavelmente escrito entre 1988 e 1990.
    Ler e ver todas aquelas coisas deixam uma saudade enorme. Inexplicável, talvez. Uma pena não ter descoberto essas cartas antes. Cartas que contam a história dos meus pais.
    Bom, a autobiografia está publicada no blog da minha irmã, abaixo o link:

http://blogdamarcelatorres.blogspot.com.br/2013/01/memoravel-com-m-de-marcelo.html

Espero que gostem e aproveitem para ler mais postagens do blog dela, que são poesias e são lindas.


                                                                              Obrigada por ter lido,
                                                                                      Paola D.B. Tôrres.